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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O Corcunda de Notre Dame

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 A ideia original de O Corcunda de Notre Dame, de acordo com o produtor Don Hahn (A Bela e a Fera),  veio de desenvolvimento do executivo David Stain, sendo inspirado pelo conto de Victor Hugo do mesmo nome, em um filme de animação, depois de ler Classics  Illustrated, uma adaptação em quadrinhos. Então, Stain propôs a ideia a Disney que chamou Kirk Wise e Gary  Trousdale (A Bela e a Fera) para dirigirem o  projeto. 

O Corcunda de Notre Dame narra a história do Corcunda Quasimundo e sua luta para ser aceito na sociedade. O filme é o 34º Clássico Disney  lançado nos cinemas em 21 de Junho de 1996, com músicas escritas por Alan Menken e Stephen Schwartz, que tinham trabalhado recentemente em Pocahontas. O filme apresenta vozes de Tom Hulce (Quasimundo), Demi Moore (Esmeralda), Tony Jay (Frollo) e Kevin Kline (Capitão Febo). 



Gary Trousdale e Kirk Wise, tinham lido o romance de Victor Hugo, e estavam ansiosos para fazer a adaptação. Porém, fizeram várias alterações na história afim de torna-la mais acessível par as crianças. Isto incluiu tornar os heróis, Quasimundo, Esmeralda e Febo, mais simpáticos no filme, alterar O Arcebispo Frollo, para Juiz Frollo, afim de evitar polemica com a Igreja. Apesar disso, foi acrescentado um Arcebispo no filme. 
Como a história e bastante sombria e triste, foi adicionado coadjuvantes ''engraçadinhos'' na forma de três gárgulas de pedra da Catedral, além de manterem Quasimundo e Esmeralda vivos no final. Assim, O Corcunda de Notre Dame da Disney, é vagamente baseado no livro de Victor Hugo.  
Mas apesar das mudanças, a  animação é considerada uma das mais ''sombrias'' da Disney, e abordar questões mais maduras como a luxúria, infanticídio, pecado, profanação religiosa, hipocrisia, conceito de inferno, preconceito, injustiça social, como a aceitação que Quasimundo tando anceia. As canções também contem bastante conteúdo maduro nas letras, como as palavras ''prostituta'', que na canção de Frollo introduz o conceito de indulgencia sexual, bem como frequentes menções verbal ao inferno. 



 (os talentosos animadores)

Os animadores do filme, visitaram a real Catedral de Notre Dame em Paris, por algumas semanas. E fizeram vários desenhos, além de fotos da arquitetura da Catedral, para serem mais fiel aos detalhes.              Como a maioria dos filmes de animação, O Corcunda de Notre Dame, teve problemas com a história desde do início. Um deles, foi a seqüência de abertura que apresenta o nosso vilão, o juiz Claude Frollo.  O veterano de histórias Burny Mattinson, tinham reunido uma seqüência muito eficaz. No entanto, a produção do chefe Jeffrey Katzenberg sentia que faltava algo. Com o tempo, a seqüência foi finalmente definida por música e storyboarded por Paul e Gaetan Brizzi . Os irmãos talentosos juntou à  produção e - ao contrário da maioria dos animadores, eles realmente tinham vivido em Paris. Definida pela música de Alan Menken e Stephen Schwartz , essa seqüência de abertura é nada menos que brilhante.


No entanto, o número da dança de Esmeralda  era outra coisa. Carinhosamente desenhada por Chris Sanders , a menina cigana  foi um motivo de preocupação para as executivas do sexo feminino da Disney. Mais roupas e mais foram adicionados à Esmeralda, na esperança de "cobri-la". Outro momento também causou preocupação. Quando Frollo cheira o cabelo da moça, e novamente o público encolheu. Curiosamente, esta foi uma cena animada por uma mulher (Kathy Zielinski).

Como todos vocês provavelmente sabem, muito é cortado quando um filme está em desenvolvimento da história. Cenas e sequencias são excluida para melhorar o fluxo da história e desenvolvimento do caráter. 


No entanto, existem ótima cenas excluídas. Tais como a a maravilhosa introdução criada por Brenda Champan, com crianças nas ruas de Paris contando histórias assustadoras do "monstro" na torre do sino, e depois é  mostrada a primeira aparição do Corcunda.

É claro que todo filme tem suas questões sérias e tolas. "Como poderia voar gárgulas de pedra", perguntou o então CEO Michael Eisner . Aparentemente, nunca ocorreu na cabeça  do chefe perguntar "Como é possível falar gárgulas de pedra?"




Quando inaugurado em 1996, O Corcunda de Notre Dame recebeu o seguinte consenso dos críticos: "A Disney assumi o clássico de Victor Hugo com um drama desigual, mas seu visual forte, temas obscuros, e mensagem de tolerância, faz um sofisticado filme medianamente infantil ". Apesar deste índice de aprovação, Rotten Tomatoes colocou em sua lista de filmes impróprios para as crianças. 
Apesar de ter sido bem recebido pelos críticos de cinema, o filme recebeu duras críticas, dos fãs do romance de Victor Hugo, que estavam muito insatisfeitos com as mudanças que a Disney fez no material. Arnaud, um dos principais estudiosos sobre Hugo, acusou a Disney de simplificar, editar e censurar a novela em muitos aspectos, incluindo as personalidades dos personagens. Em sua revisão,  Arnaud mais tarde escreveu que os animadores "não têm confiança suficiente em seu próprio sentimento emocional" e que o filme "cai em clichês." O Daily Mail de Londres, chamou O Corcunda de Notre Dame de "o filme mais sombrio da Disney, com uma atmosfera que permeia de tensão racial, intolerância religiosa e histeria ralá" e "a  melhor versão do romance de Victor Hugo, uma obra-prima de desenho animado, e um dos grandes filme de musicais ".
Na sua semana de estréia, o filme estreou em segundo lugar nas bilheterias, arrecadando US $ 21 milhões. O filme viu pequeno declínio nas últimas semana e, finalmente, arrecadou apenas US $ 100 milhões nos EUA e mais de 325 milhões de dólares em todo o mundo, tornando-o o 5º filme de maior bilheteria de 1996. 






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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

20.000 Léguas Submarinas

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File: 20000leaguesposter.jpg  Aqui vai um post interessante sobre um dos melhores filmes da Disney: 20.000 Léguas Submarinas. O clássico é um filme de aventura de 1954, estrelado por Kirk Douglas como Ned Land, James Mason como Capitão Nemo, Paul Lukas como Professor Pierre Aronnax e  Peter Lorre como Conseil. Dirigido por Richard Fleischer, 20.000 foi o primeiro filme de ficção cientifica da Walt Disney Productions,  bem como o único filme de ficção do estúdio produzido pelo próprio Walt. Foi também o primeiro longa metragem da Disney, a ser distribuído pela Buena Vista  Distribution. O filme tornou-se a versão mais conhecida do livro homônimo de Jules Verne, e é citado como um dos primeiros exemplos do gênero steampunk. Para quem não sabe, steampunk é um subgênero da ficção cientifica e fantasia, que envolve um cenário histórico real, como o Velho-Oeste,  e incorpora elementos da ficção e fantasia nele.



A sinopse é esta: No ano de 1868, rumores de um monstro marinho atacando navios no pacífico causa panico entre os marinheiros, interrompendo as linhas de navegação. O Professor Pierre Aronnax, e seu assistente, Conseil, estão no seu caminho para Saigon, mais ficam presos em São Francisco pela suspensão de navios. O governo dos E.U.A convida Aronnax em uma missão para provar ou refutar a existência do monstro. Os seus colegas de tripulação inclue o Mestre Ned Land e o Capitão Nemo.



As filmagens de 20.000 Léguas Submarinas, começaram na primavera de 1954, com cenas filmadas em vários locais como Bahamas e Jamaica. Algumas das cenas eram tão complexadas que exigiam uma equipe técnica de 400 pessoas *0*  O filme também apresenta outros desafios. A famosa cena do ataque da lula gigante foi filmada duas vezes: Uma no crepúsculo com o mar calmo, e a outra no meio da noite sobe uma tempestade para ''aumentar'' o drama, e poder esconder os cabos e outros funcionamentos mecanicos da lula animatronica. Os custos da produção o tornou o filme mais caro já produzido naquela época, superando ...E O Vento Levou de 1939. 
É claro que todo trabalho ardo no fim a recompensa. A equipe técnica levou o Oscar de Melhores Efeitos Visuais e Melhor Direção de Arte, além de terem sido indicados a Melhor Edição. 
É claro, que o hoje os efeitos parecem antiquados mais vai por mim, eles eram incríveis para 1954, e destaque também para ótima trilha sonora do já conhecido da Disney, Paul Smith.
                                       
                                                     O ataque da Lula Gigante 



20.000 Léguas Submarinas foi o segundo filme mais visto daquele ano, atrás apenas de Withe Cristmas, e tornou-se um notável clássico da corporação Disney. O cinéfilos carinhosamente lembram da sequencia da lula gigante, além do design do Nautilus e o desempenho de James Mason como Nemo. O filme tem atualmente uma taxa de 88% de aprovação dos críticos no Rotten Tomatoes que diz: ''Um dos melhores filmes da Disney de Aventura, traz o clássico de Julie Verne em um sci-fi na vida real, e apresenta uma lula gigante incrível.'' O desempenho do elenco também foi reconhecido, e está foi a primeira vez que grandes estrelas de Hollywood como Kirk Douglas, trabalhavam em um filme da Disney. Algo que hoje em dia é costumeiro, a exemplo da versão de Tim Burton de Alice no País da Maravilhas. 
Em 2010, David Fincher anunciou na San Diego Comic-Con, que tinha planos para dirigir um remake de 20.000 Léguas Submarinas para a Disney, com base em um roteiro de Scott Z. Burns. Nada sobre o remake foi anunciado ainda. Independente disto, eu me conformo com a versão de 1954, que é única, além do mas, clássico é clássico!! 




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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Cinderela - Um Sonho é um Desejo que se Faz com o Coração

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File: Cinderella-disney-poster.jpg 

Cinderela (Cinderella) é o 12º clássico Disney lançado á quase 62 anos em 15 de Fevereiro de 1950. Sendo produzido por Walt Disney e baseado no conto de fadas do mesmo nome, de Charles Perrault. Os diretores creditados são Clyde Geronimi, Hamilton Luske e Wilfred Jackson. As canções foram escritas a seis mãos por David Mack, Jerry Livingston e Al Hoffman. E o score foi feito pelo Disney Legend Paul Smith, o mesmo compositor de Pinóquio. 

cinderella movieComo todos sabem, Cinderela conta a história da personagem título que é maltratada e feita de empregada pela sua Madrasta e irmãs más, depois da morte do seu pai. Vivendo como uma gata borralheira, Cinderela tem como amigos os ratinhos da casa.  Enquanto isso, no palácio real do reino, o Rei está angustiado que seu filho o Príncipe, não tenha ainda se casado. Por isso, organiza um baile e exige que todas as jovens moças solteiras do reino estejam presente, para assim, o seu filho escolher uma pretende. Entre estás jovens  solteiras, está as irmãs de Cinderela e a própria Cinderela. A Madrasta sempre ambiciosa em relação ao futuro das filhas, não exita em prepara-las para o baile enquanto tenta impedir que Cinderela vá a Festa Real. O que ela não contava, era com ajuda da Fada Madrinha que dar a Cinderela uma carruagem e um belo vestido para ela e ao baile. Como nada é perfeito, Cinderela tem que estar de volta até meia-noite, hora em que o feitiço será desfeito. 

  • Produção 
 (Sugestões para aparência e vestido de Cinderela, feitos por Mary Blair)

Cinderela foi o primeiro recurso de animação da Disney, desde Bambi em 1942. Como eu já disse em outros post's, por causa da 2º Guerra Mundial, a Disney tinha sido obrigada a produzir filmes para o exercito, e pra completar, as bilheterias iam de mal a pior, o que fez o estúdio fazer vários filmes-pacotes,  (um longa metragem composto por diversos curtas, que estão ligados em um tema só, ou não) de baixos custo como é Tempo de Melodia e Música, Maestro!.

Para manter os custos de Cinderela baixo, a referencia em live-action dos personagens foi amplamente utilizado. De acordo com Dowel Iaryn, um dos animadores de direção do filme, 90% de Cinderela foi feito usando modelos de ação ao vivo.
Helene Stanley (modelo de Cinderela em live-action) e Ilene Woods, (voz de Cinderela) foram a forte influencia para os três jeitos da personagem título. 


(Cinderela live-action referencia) 









Em versões anteriores do roteiro, o príncipe originalmente desempenharia um papel maior, e teria um desenvolvimento melhor do seu caráter, mais do que ele recebeu na versão final do filme. Em uma abertura abandonada, seria mostrado o Príncipe caçando um veado, e no final da cena mostraria que ele e o veado eram amigos e estavam apenas jogando um jogo. Uma outra cena abandonada, foi a sequencia final do filme, logo depois que o Duke descobrir que é Cinderela a dona do sapatinho, é mostrado ela sendo levada para ser reapresentada ao Príncipe. Este fica surpreso com aparência de empregada de Cinderela, em vez da Princesa que ele pensou que ela era. Porém, seus sentimentos por Cinderela era fortes demais para ele se incomodar com isto, por isso ele a abraça, e a Fada Madrinha faz o vestido reaparecer e depois e mostrado o Príncipe e Cinderela dançado no baile, e está seria a cena de fechamento. Mas no fim, o próprio Walt Disney pediu para que o final alternativo fosse retirado, por considera-lo longo demais e não dar para o público o encerramento adequado. Mesmo assim, a cena está presente no vídeo game ''Kingdom Hearts: Birth by Sleep''. 



Outros matérias excluídos inclui uma canção provisoriamente abandonada, intitulada ''Cinderella Worksong'', que fazia parte de uma sequencia de fantasia que estava programada para acontecer após a Madrasta de Cinderela, dizer a está que ela só podia ir ao baile depois que acabar de fazer suas tarefas e encontrar um vestido adequado. Nesta sequencia abandonada, Cinderela imaginou-se multiplicando em um exercito de empregas domesticas,  a fim de lidar com a carga enorme de trabalho. A cena foi cortada, mais a canção foi aplicada na cena dos camundongos trabalhando no vestido de Cinderela para o baile. 

(Arte conceitual de Mary Blair para Cinderela)
 Além disso, houve uma cena que teria lugar depois do baile do Príncipe. Nela, seria mostrado Cinderela voltando para casa, já com o feitiço desfeito, e ela ouve a Madrasta e suas irmãs, conversando sobre a garota misteriosa do baile; Cinderela seria mostrada ouvindo a conversa e rindo, já que elas estavam falando dela sem saber. Walt Disney teria cortado a cena, porque ele achava que daria um olhar ''maldoso'' a Cinderela, e o público poderia perder a simpatia por ela.




Cinderela foi o primeiro filme da Disney a ter sua canções publicadas e diretos autorais pela recém-criada Walt Disney Music Company. Depois de Cinderela, as trilhas sonoras se tornaram comerciável. Antes, as canções dos filmes tinham pouco valor para os estúdios de cinemas, que na maioria das vezes vendia as músicas para empresas de canções e partituras. 
''Bibbidi-Bobbidi-Boo'', se tornou um hit quatro vezes, com versões notáveis de  Perry Como e as Fontane Sisters. Ilene Woods, teria vencido 309 candidatas para a voz de Cinderela, depois que algumas gravações demos dela cantando as músicas dos filmes, teriam sido apresentada a Walt Disney. No entanto, ela não fazia ideia de que estava fazendo testes para o papel até que a Disney entrou em contanto com ela. Woods inicialmente tinha feito as gravações das canções para alguns amigos que enviou para a Disney sem seu conhecimento. A Disney alegou que escolheu a voz de Ilene Woods por acha-la com voz de ''princesa de contos de fadas''. 



  • Recepção 



Walt Disney não tinha um enorme sucesso desde de Branca de Neve e os Sete Anões. A produção deste filme foi considerado uma aposta alta de sua parte. Principalmente quando os custos da produção chegaram a 3 milhões - altíssimo para época -  Assim, Walt Disney anunciou que se Cinderela falha-se nas bilheterias o estúdio seria fechado. Graças a Zeus, isto não ocorreu. O filme teve um lançamento limitado em 15 de Fevereiro de 1950, e a recepção foi tão boa, que ele foi lançado em todos os cinemas norte americanos em 04 de Março de 1950.  O sucesso de bilheterias permitiu que Walt Disney continuasse a produzir animações durante a década de 50, o que para sua alegria e a nossa também, ele pode dar cabo a produções em espera como Alice no País das Maravilhas. O lucro das bilheterias, junto com  os lucros de vendas dos discos, edição de música, publicações de Cinderela, e outras mercadorias, deu a Disney fluxo de carga não apenas para financiar produções paradas, (tanto em live-action como em animação) mais também para a Disney estabelecer sua própria empresa de distribuição, passar a produzir para a televisão, e começar a construir a DisneyLândia ao longo da década.
Para completar, o filme foi indicado a três Oscar's: Melhor Som, Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção Original por ''bibbidi-bobbidi-boo''. E ganhou o Urso de Ouro e o Big Blonze Prata Award no Festival de Berlim.

Para encerrar: Da mesma forma que Branca de Neve e os Sete Anões deu dinheiro a Walt Disney, quando tudo estava perdido, coube uma princesa levantar a Disney, outra vez. Não espanta que Cinderela seja a mais importante e a mais famosa princesa do estúdio. Com tanta moral que tem seu próprio castelo na DisneyLandia. O mais curioso, é que em 1989, quando a Disney outra vez estava em crise no setor animado, os produtores resolveram fazer uma animação...sim, de uma princesa. Ariel a filha do Rei Tritão no jovem clássico A Pequena Sereia, salvou a Disney e de quebra inaugurou a Disney Renascença que ainda conta com A Bela e a Fera, O Rei Leão e etc. Parece que as Princesas são mesmo o pote de o ouro da Walt Disney Company. 











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sábado, 21 de janeiro de 2012

"Meu pai criou um padrão para as animações", exalta filha de Disney

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...Outra entrevista bem legal divulgada no Terra está semana foi com a filha de Walt Disney; Diane Marie Disney.


Walter Elias Disney Miller, neto de Walt, ao lado de sua mãe, Diane Marie Disney, filha do artista. Foto: Divulgação (Walter Elias Disney Miller, neto de Walt, ao lado de sua mãe, Diane Marie Disney, filha do artista)


Seu nome não diz muita coisa; suas feições, tampouco. Mas a simpática senhora de fala mansa e pouco afeita a grandes novidades tecnológicas é herdeira de uma das maiores e mais lucrativas empresas de entretenimento do mundo, responsável por moldar uma verdadeira cultura universal em torno de suas criações. Diane Marie Disney é a filha mais velha de Walter Elias Disney, mais conhecido como Walt Disney, fundador da Walt Disney Company e criador do mais conhecido personagem infantil da história, o camundongo Mickey Mouse. E seu orgulho pela carreira do pai é tão grande que, em 2009, quando somava 75 anos, tornou realidade um projeto de vida: a inauguração do Museu da Família Walt Disney, focado em mostrar o dia a dia do pai e, principalmente, o legado deixado por ele a todo o planeta.
"O tipo de entretenimento que ele produziu e do qual foi pioneiro, com todo o humor e as músicas, construiu um padrão para todas as animações que vieram depois", disse com a boca cheia ao Terra em entrevista para promover a versão platina de A Dama e o Vagabundo, que chega às lojas brasileiras nesta quarta-feira (18). "Além disso, ele mostrou que, se você quer fazer algo que ama e em que acredita, pode conseguir viver exclusivamente disso. Há vários caminhos possíveis para se atingir esse objetivo".
Além do museu em homenagem ao pai, Diane é secretária do conselho de diretores da Fundação da Família Walt Disney, dedicado exclusivamente a promover o ensino da história do artista a crianças em idade escolar. Foi por meio desses dois ofícios que a herdeira do "império" do entretenimento produziu um documentário em curta-metragem exclusivamente para a edição da animação da romântica história do casal de cães, famosa pela cena na qual dividem oniricamente um espaguete com almôndegas. "Falo sobre ele, focando especialmente no museu da família, que possui diversas mobílias da casa onde morávamos. Eu queria que as pessoas conhecessem a história dessa residência, um lugar muito precioso para mim".
Confira a íntegra da entrevista a seguir.
Terra - Quais novidades que a versão diamante de A Dama e o Vagabundo traz ao público?
Diane Disney - Para começar, a qualidade da nova cópia é muito melhor. A imagem, o som, tudo é muito mais claro e belo. Há também algumas sequências de animação inéditas, que não estavam na versão original pois foram cortadas da edição final. Além disso, o lançamento tem em seu conteúdo um documentário em curta-metragem que fiz sobre o apartamento de meus pais na Disneylandia, alvo de grande curiosidade para muitas pessoas.
Terra - Qual é o foco desse documentário?
Diane - Eu falo sobre meu pai, especialmente focada no museu de nossa família, em São Francisco, que possui diversas mobílias da casa onde morávamos. Eu queria que as pessoas conhecessem a história dessa residência, um lugar muito precioso para mim.
Terra - A senhora acompanhou quase desde o início a construção da Walt Disney Company, transformada em um verdadeiro império ao longo dos anos (Diane é de 1933 e a empresa foi fundada apenas uma década antes). Imaginava que o projeto de vida de seu pai se tornaria o que é hoje?
Diane - Não, provavelmente nunca. É tão imenso! No entanto, eu acredito que isso não o surpreenderia, pois ele tinha bastante claro em sua cabeça o rumo que as coisas deveriam tomar. Ainda assim, para mim, tudo isso é demais, impensável.
Terra - A construção do "império" Disney é toda envolta em situações de superação. A Walt Disney World, por exemplo, de longe o maior complexo de parques do mundo, foi erguida sobre um terreno improvável, um gigantesco pântano. Walt não teve a oportunidade de ver o parque ser finalizado, já que morreu antes disso, mas você acompanhou todo o processo. Como foi vê-lo concluído?
Diane - Na verdade, eu nunca realmente parei para pensar nisso. Se ele estava fazendo, é porque sabia que conseguiria terminar. Sem querer soar clichê, serei muito honesta: quando meu pai se propunha a fazer algo, pode ter a certeza de que ele o faria direito e até o fim. E eu não digo isso por ser filha dele. Sou muito sincera em relação a esse assunto.
Terra - Para a senhora, quais foram os principais ensinamentos deixados por ele para o mundo?
Diane - É tão difícil responder a essa pergunta. Afinal, sou muito próxima. Mas o tipo de entretenimento que ele produziu e do qual foi pioneiro, com o humor e as músicas, construiu um padrão para todas as animações posteriores. A partir daí, tanto a Disney quanto as outras produtoras as fizeram evoluir em diversão e qualidade, sempre a máxima possível, além de passarem a testar e usar até o limite tudo relativo à tecnologia que estava ao seu alcance.
Terra - Os Estúdios Walt Disney relançaram o longa O Rei Leão em 2011, desta vez em versão 3D, e, em suas duas semanas de exibição, o levou ao topo das bilheterias do mundo. Para a senhora, qual é o motivo de tanto sucesso hoje de uma animação originalmente lançada há mais de 15 anos e incansavelmente assistida pelas gerações posteriores?
Diane - Provavelmente é pelo fato de os adultos de hoje, crianças uma década e meia atrás, terem se interessado em levar seus filhos para ver essa animação, um grande clássico, além de terem a oportunidade de revê-la. Ainda não assisti a nova versão, mas ouvi dizer que é maravilhosa.
Terra - Estando tão próxima do que ocorre dentro da Walt Disney Company, a senhora deve ter percebido que o carro-chefe da empresa é cada vez mais as animações da Pixar, feitas com tecnologia digital. Ainda há espaço para as produções clássicas - a última, A Princesa e o Sapo, é de 2009?
Diane - Acredito que sim. De fato, acho que as pessoas até gostam mais delas do que dos novos filmes, feitos digitalmente. Recentemente, a série de animações Silly Symphony, a primeira feita por meu pai, foi exibida em um festival de cinema e as pessoas adoraram - particularmente, o episódio A Dança do Esqueleto, o primeiro a ser lançado por ele, em 1929.
Terra - Esse tipo de animação ainda é viável, tanto em termos de custos quanto de prazos?
Diane - Parece ser. Há, junto com os lucros das animações, aqueles vindos de merchandising, que fazem parte de toda a conjuntura de ganhos dos Estúdios. Essas animações também agregam muito à Disney como produções artísticas, pois são bastante especiais.
Terra - Quais outras animações clássicas serão relançadas pelos Estúdios Walt Disney?
Diane - Além de A Dama e o Vagabundo, teremos o relançamento, em Blu-Ray, de Cinderella, no outono de 2012 (primavera no Brasil).
Terra - A tecnologia 3D tem crescido de forma incrível nos últimos anos. A senhora a vê como o futuro do cinema?
Diane - Eu não sei. Quem poderia dizer? Honestamente, isso não me interessa. Eu não assisto nem à televisão em 3D, apesar de ter um novo e moderno set do aparelho com essa tecnologia na minha casa.
Terra - Os desenhos, personagens e produtos da Disney são conhecidos no mundo inteiro. A senhora vê a empresa como responsável por moldar uma cultura universal?
Diane - É verdade, eles realmente fizeram isso (risos). E sou muito grata por isso.
Terra - Conte-me um pouco sobre seu trabalho no Museu Walt Disney.
Diane - Bem, somos muito orgulhosos deste espaço. Nós o criamos com o objetivo de mostrar ao mundo meu pai como um ser humano. Sua história, exposta no museu, é muito inspiradora para as pessoas, que também têm a oportunidade de ver uma boa coleção de animações de nosso acervo, cada vez maior. Acho muito importante o trabalho que temos feito no museu da família.
Terra - A senhora fala muito em inspiração. Qual característica de seu pai causa isso nas pessoas?
Diane - Para mim, a principal é: se você quer fazer algo que ama e em que acredita, pode conseguir viver exclusivamente disso. Há um sem números de exemplos relacionados a isso, não só nas artes. Nossa exposição é meio que um show, um passeio com áudio e vídeo com a voz de meu próprio pai narrando a sua trajetória, que realmente é muito inspiradora. Se, por exemplo, você sonha em fazer moda, pode estudar e ganhar as habilidades necessárias para ser uma grande designer do ramo. Há muitos caminhos possíveis para se atingir o objetivo de obter sustento com aquilo que se ama.
Terra - Para finalizar, qual é a sua animação favorita dos Estúdios Disney?
Diane - Eu não tenho uma, gosto de todas. Elas são muito especiais para mim, além de serem muito diferentes umas das outras.
Terra - Não há nenhuma mais marcante para a senhora?
Diane - Ah, eu amo Pinóquio...amo todas. As histórias das animações são muito diversas e acabam sendo marcantes em diferentes momentos. Entre Branca de Neve e os Sete Anões (o primeiro longa da Disney, de 1937) e Pinóquio (o segundo, de 1940), por exemplo, há muitas diferenças. Depois, veio Bambi, muito emotivo, totalmente original, assim como Fantasia, orquestrado, sem falas, maravilhoso. Logo, não consigo pensar em uma específica para lhe dizer. Todas são especiais.
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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Entrevista com Angela Lansbury

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Em comemoração ao lançamento de “A Bela e a Fera – 3D”, o portal The Huffington Post entrevistou Angela Lansbury, a dubladora original de Madame Samovar (Mrs. Potts, nos EUA) e, consequentemente, a intérprete da célebre canção “Beauty and the Beast”. A atriz e cantora também é bastante conhecida pelas suas participações nos musicais “Gypsy: A Musical Fable”, “Mame” e “Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet”, e nos filmes “À Meia-Luz” (1944), “O Retrato de Doryan Grey” (1945) e “Sob o Domínio do Mal” (1962). Além disso, Lansbury é igualmente famosa pela sua personagem Jessica Fletcher da série de sucesso, “Assassinato por Escrito” (1984-1996). Na Disney, ela também participou dos longas “Se Minha Cama Voasse” (1971) e “Fantasia 2000″ (1999), mais a “continuação” “O Natal Encantado da Bela e a Fera” (1997). Enfim confira esta interessante entrevista a seguir, na íntegra.


Huff Post: Você tinha alguma ideia de que “A Bela e a Fera” se tornaria um Clássico quando foi lançado pela primeira vez em 1991?

Angela Lansbury: Eu não tinha ideia alguma. Eu sabia que ia ser um enorme filme de animação, mas não tinha noção de como eles estavam desenvolvendo a história e acho que de fato superou as expectativas de todos.

Huff Post: Você cantou a música tema do filme, a qual me deixa em lágrimas toda a vez que eu a ouço, e tenho certeza que ela faz o mesmo com muitos fãs.

Angela Lansbury: Eu sei o que você quer dizer. Quando eu a ouvi pela primeira vez, ela era uma espécie de canção derock e eu lhes disse: ‘Esta é uma mensagem doce, mas isso realmente não é o meu estilo. Tem certeza de que quer que eu faça isso?’. Disseram-me então que era para interpretar a canção do jeito que eu imaginava, de modo que foi assim que eu fiz. Eu a cantei da mesma maneira que um pequeno bule de chá inglês iria interpretá-la. Eu realmente incorporo todo o personagem quando faço alguma coisa, seja um desenho animado ou um filme com atores reais.

Huff Post: Você recebe pais que se dirigem a você para apresentá-la aos seus filhos?

Angela Lansbury: Oh, muitas vezes. Curiosamente, as crianças reconhecem a minha voz. Elas me ouvem e dizem:‘Mãe, é a Mrs. Potts!’. É o timbre da minha voz que elas conseguem captar.

Angela Lansbury interpretando ao vivo a música “Beauty and the Beast”:


Huff Post: Você está com 86 anos. Possui planos para se aposentar?

Angela Lansbury: Realmente não. Não acho que seja uma boa ideia eu me aposentar. Acho que se você se pertuba com isso, o que é seu destino, então deve seguir em frente desde que sinta que está dedicando 100% ao seu trabalho. No instante que pensar estar fazendo menos, você deve parar. Estou envolvida com a American Theater Wing e várias outras organizações que ajudam os jovens a iniciar sua carreira como atores. Há muito o que fazer sem realmente entrar no palco. Teatro é bastante exigente, fisicamente, e requer uma boa memória e essas são coisas que ficam mais difíceis de se manter sob controle à medida que você fica mais velho.

Huff Post: Minha mãe morre de medo de perder a sua memória.

Angela Lansbury: Este é um medo que todos nós temos. Fazemos todo o possível para impedi-lo e ocultá-lo (risos). A principal coisa é manter a sua mente a mais ativa possível, e estar envolvido com o máximo que puder em relação a tudo que está acontecendo. Alguns de nós continuam abrindo portas e tentando deixar boas coisas dentro delas.

                                                              Angela Lansbury

Huff Post: Você possui todos os tipos de fãs para protegê-la: crianças, homossexuais, pessoas mais velhas. Todo mundo ama você.

Angela Lansbury: Bem, não é maravilhoso? É realmente isso e não pretendo desanimá-los. Eu levo isso muito a sério, pois sei que muitas coisas são importantes para as pessoas. Sei como mulheres de uma certa idade são encorajadas e ajudadas por assistir “Assassinato por Escrito” até hoje. Eu até recebo adolescentes que cresceram assistindo a série e que se dirigem a mim dizendo: ‘Você é Jessica Fletcher!’.

Huff Post: Todos nós amamos você.

Angela Lansbury: Oh, isso é adorável. Não sou eu uma sortuda?!

Fonte: DisneyMania


A Bela e a Fera em 3D estreia nos cinemas brasileiros em 03 de Fevereiro, mais nos Estados Unidos, o filme já estreou ficando em 2º lugar nas bilheterias americanas tendo arrecadado 22.2 milhões em solo americano! Uma excelente bilheteria para um relançamento deste tipo que mostra a força dos clássicos Disney, que não importa quanto tempo tenho sido lançados, eles ainda consegue encantar a ''velhas'' crianças, e está nova geração.

A postagem abaixo, conta a história da produção deste eterno clássico! Confira, e não esqueça de comentar :D
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sábado, 14 de janeiro de 2012

A Bela e a Fera

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File: Beautybeastposter.jpg A Bela e a Fera é o 30º Clássico Disney, sendo o terceiro da Era Disney Renascença, lançado em 13 de Novembro de 1991.  O filme é baseado no conto de fadas de mesmo nome, escrito por Jeanne-Marie Le Prince de Beaumont, com roteiro de Linda Woolverton, e histórias de Brenda Chapman, Roger Alles, entre vários outros, e dirigido por Gary Trousdale e Kirk Wise, com produção de Don Hahn. As canções foram escritas por Alan Menken e Howard Ashman, que tinham trabalho anteriormente em A Pequena Sereia. 
A história gira em torno de um príncipe que por causa da sua arrogância e falta de amor, é transformado numa Fera, e numa jovem mulher chamada Bela, que acaba sendo aprisionada no castelo do príncipe. Para o príncipe se transformar em humano de novo, ele precisa amar Bela, e ela precisa corresponder seu amor, senão estará condenado a ser Fera para sempre. 
O filme foi um sucesso significativo tanto de crítica como comercial, tendo arrecado 403 milhões em bilheterias ao redor do mundo, além de ter vencido o Globo de Ouro de melhor filme musical/comédia, Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Canção Original por ''beauty and the beast''. 

O New York Times disse que ''A Bela e a Fera é o melhor musical da Broadway, que não está na Broadway, e sim nas telas do cinemas''. O crítico Roger Ebert deu quatro estrelas para o filme em quatro, dizendo que A Bela e a Fera ''remota aos velhos tempos mais saudáveis de Hollywood, em que os melhores escritores, músicos e cineastas se envolve para criar um grande filme que funciona também como entretenimento'', Ele classificou A Bela e a Fera como o 3º melhor filme de 1991. 
Todo esta aclamação foi o suficiente para tornar A Bela e a Fera a primeira animação indicada ao Oscar de Melhor Filme. A animação recebeu um total de seis indicações ao Oscar's: Melhor Filme, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Canção Original três vezes por ''beauty and the beast'', ''be our guest'' e ''belle'' e Melhor Som, tendo vencido nas de melhor trilha sonora e melhor canção original por ''beauty and he beast''.


Depois de Branca de Neve e os sete anões, Walt Disney considerou A Bela e a Fera como o novo longa-metragem do estúdio. Mais a ideia foi abandonada por ser um desafio para a equipe de historia. E o artista Hean Cocteau fez a sua versão do conto em 1946, o que desanimou Walt Disney.
Décadas depois o projeto é ressuscitado em 1988, como um filme de animação. Richard Williams que dirigiu partes animadas de Uma Cilada para Roger Rabbit, foi chamado para dirigir, mais este não aceitou para prosseguir com o seu projeto de animação ''O Ladrão das Arábias''. Em seu lugar, Willliams recomendou o seu amigo e diretor de animação, Richard Purdum, que começou a trabalhar em A Bela e a Fera junto com o produtor Don Hahn. A Bela e a Fera seria uma animação não musical, e se passaria na França na era vitoriana. 
A pedido do então CEO Michael Eisner, A Bela e a Fera foi a primeira animação da Disney a ser escrita em forma de roteiro. Algo em incomum nas animações, que em sua maioria são desenvolvidas em forma de storyboards não com um roteiro. Linda Woolverton escreveu a versão original da história, e depois o storyboards começaram, com Linda trabalhando com a equipe de história para reequipar e desenvolver o filme.

 (Jeffrey Katzenberg vendo os storyboards com Roger Allers)

Ao ver os rolos dos storyboards inicial, o então presidente da Walt Disney Studios, Jeffrey Katzenberg, ordenou que o filme fosse demolido e começassem do zero. Alguns meses depois do reinicio, Purdam renunciou como diretor. O estúdio havia abortado Ron Clements e John Musker para assumir a direção, mais estes rejeitaram pós estavam ''cansados'' depois de terem dirigido recentemente A Pequena Sereia. Assim em seguida, a Disney contratou os diretores Kirk Wise e Gary Trouslade, que tinham dirigido um curta metragem para uma atração da EPCOT no Walt Disney World. 
Depois, Jeffrey perguntou aos compositores Howard Ashman e Alan Menken, se eles podiam fazer um musical no estilo Broadway com A Bela e a Fera, do mesmo modo que fizeram com A Pequena Sereia.
Ashman, tinha descobrido recentemente que estava morrendo de Aids, e estava trabalhando no seu projeto de estimação, Aladdin, do qual ele foi compositor e produtor executivo, por isso, foi relutante em aceitar entrar na produção de A Bela e a Fera. 
Para acomodar a saúde debiltada de Howard Ashman, a produção se transferiu de Londres, para Nova York, perto da casa de Ashman. Na cidade, Howard, Menken, os diretores, Kirk e Gary, o produtor Don e a roteirista Linda, deram reinicio ao roteiro do filme.                                    
                                                                                                         Howard Ashman e Alan Menken

Como na história original só havia dois personagens principais, os cineastas acrescentaram novos personagens na forma de objetos do palácio encantado para ''adicionar o calor e a comédia  a uma história triste, e orientar o público através do filme'', e  acrescentaram também um ''verdadeiro vilão'' Gaston. Estas ideias foram um pouco semelhante a versão francesa de 1946, do conto A Bela e a Fera, que também havia um pretendente para Bela, muito parecido com Gaston, além de objetos inanimados que ganharam vida no castelo da Fera. A diferença é que no filme da Disney, os objetos ganharam personalidades distintas. 
Depois do roteiro ter sido aprovado por Jeffrey Katzenberg, em 1990 storyboards recomeçaram, e os artistas da Disney voavam da Califórnia até Nova York, para que os storyboards fossem vistos por Menken e Ashman. Mais na época, não foi lhes informado o motivo das viagens.
Assim, a animação foi desenvolvida na Califórnia, enquanto as músicas foram gravadas em Nova York. 

''Belle'' foi a primeira composição de Ashman e Menken para A Bela e a Fera, ainda no processo de pré-produção. Durante o curso da produção, muitas mudanças foram feitas na estrutura do filme, que implicou na substituição e na re-destinação das músicas. 
''Human Again'' foi retirada do filmes antes da animação ter começado, por que a sua letra causou problemas em que linha do tempo a história se passa. Assim, Ashman e Menken escreveram ''Something There'', em que a Fera e a Bela cantam de sua crescente afeição uma pelo outro. Mesmo assim, ''human again'' foi adicionada a versão da Broadway de A Bela e a Fera, e também numa nova sequencia especial na versão em DVD do filme em 2002. 
A versão pop da canção-tema ''Beauty and the Beast'' cantada por Celine Dion e Peabo Bryson durante os créditos finais, se tornou um hit em vários rádios em 1991, e acabou dando fama a Celine Dion que não era tão conhecida na época. 
A trilha sonora é o ponto alto de A Bela e a Fera, e os votantes do Grammy reconheceram isso, tanto que a trilha sonora de A Bela e a Fera, foi indicada a oito Grammy's: Álbum do Ano, Melhor Álbum para as   Crianças, Melhor Pop Performance Instrumental, Canção do Ano, Gravação do Ano Melhor Pop Performance de um dueto ou grupo, Melhor Composição Instrumental para um filme e Melhor Canção escrita para um filme ou televisão. (as vitórias estão sublinhadas)

Alan Menken 
Howard Ashman, que já teve uma postagem aqui no blog, morreu 8 meses antes do lançamento do filme, e na época, estava trabalhando nas músicas de Aladdin com Alan Menken, que foram terminadas por Tim Rice. Foi feita um dedicatória a ele nos créditos finais de A Bela e  Fera.




A Bela e a Fera  se tornou a segunda animação a usar CAPS, um sistema criado pela Disney em conjunto com a Pixar, com o objetivo de digitalizar a tinta, e pintar a animação tradicional no processo de pós-produção. O software permitiu uma ampla gama de cores, bem como o sombreamento suave e efeitos coloridos para os personagens, técnica que a Disney tinha perdido quando abandonou  o uso da xerografia no final de 1950. O exito do CAPS principalmente na cena do baile, animou os executivos a trabalhar com a animação computadorizada. 
As vozes originais são de Paige O'Hara como Bella, Robby Benson como a Fera e Richard White como Gaston. Bella foi animada por James Baxter, a Fera por Glen Keane e Gaston por Andreas Deja.



Depois do sucesso em 1991, A Bela e a Fera foi para os palcos da Broadway em 1994, foi lançado em DVD em 2002, além de relançado no cinema em IMAX,  e em 2011 foi lançado em uma incrível Edição Diamante em Blu-Ray e DVD,  com a imagem remasterizada para uma alta qualidade além de bônus especiais.
O sucesso do relançamento nos cinemas em 3D de O Rei Leão, deu forças para a Disney também relançar A Bela e a Fera em três dimensões nos cinemas, depois de 21 anos.
Nos Estados Unidos a re-estreia do clássico aconteceu em 13 de Janeiro, com grandes elogios pela qualidade da conversão em 3D. No Brasil, o relançamento chega no mês que vem, em 03 de Fevereiro.
Então você já sabe: Prepare os bolsos para ir aos cinemas rever este eterno clássico em três dimensões!







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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Dumbo

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File: Dumbo-1941-poster.jpg  Dumbo é o quarto clássico Disney lançado em 23 de outubro de 1941. A história do animado é baseada na escrita de Helen Aberson e do ilustrador Harold Pearl, para um protótipo de um novo brinquedo. 

O filme narra a história do jovem elefante antropomórfico, Dumbo, que é ridicularizado pelos animais do circo onde vive, por causa das suas enormes orelhas (sendo que ele pode voar com elas).  
Dumbo foi feito para recuperar as perdas financeiras de Pinóquio e Fantasia. Walt Disney o produziu de forma simples e econômica, sendo que Dumbo dura apenas 65 minutos; O que o torna um dos menores clássicos Disney.


Dumbo, como eu disse, foi baseado em um protótipo de uma  história para um possível novo brinquedo, que tinha apenas oito desenhos e  algumas linhas de textos, feitas por Helen Aberson e Harold Pearl.
Dumbo foi levado ao conhecimento de Walt Disney em 1939, pelo então chefe de mercadorias e licenciamentos da Disney, Kay Kamen. Kamen mostrou um protótipo com  o enredo do brinquedo, e Disney imediatamente agarrou a história comovente e comprou os direitos de Dumbo.


Originalmente, era para ser um curta-metragem. Mas em 1940, depois dos ambos fracassos financeiros de Pinóquio e Fantasia, Walt decidiu expandir a história em um longa metragem, para gerar renda aos estúdios Disney.  A renda do estúdio tinha tido impacto negativo devido a 2º Guerra que ocorria na Europa. 
Joe Grant e Dick Huemer, foram figuras principais no desenvolvimento do enredo. Eles escreveram o roteiro em capítulos, muito parecido com um livro, uma forma incomum de escrever o roteiro de um filme. Independente disto, muito pouco foi alterado em relação ao projeto original.


Nenhum dos dubladores de Dumbo receberam crédito na tela dos cinemas. Timothy Mouse que fez amizade com Dumbo mesmo nos seus tempos difíceis, foi dublado por Edward Brophy, um ator conhecido por retratar um gângster. Este foi o único animado no qual ele trabalhou. A matriarca dos elefantes teve a voz de Verna Felton, que também dublou a Fada Madrinha de Cinderela, a Rainha de Copas de Alice no Pais das Maravilhas, e a boa fada Flora de A Bela Adormecida. Outros dubladores incluem Sterling Holloway em uma participação especial como Sr. Stork, Cliff Edwards, mais conhecido como a voz do grilo falante, fez Jim Crow, o líder dos corvos e John McLeish, mais conhecido por narrar o Pateta nos cartoons, fez a narração de abertura.


Quando Dumbo entrou em produção no início de 1941, o supervisor de direção Ben Sharpsteen recebeu ordens de Walt Disney para manter o filme simples e barato. Como resultado, Dumbo não tem os detalhes luxuosos dos primeiros três filmes de animação do estúdio (Branca de Neve e os sete anões, Pinóquio e Fantasia). Os desenhos dos personagens são mais simples e o fundo das pinturas menos detalhados. Embora o filme seja mais ''cartunesco'' do quer os filmes anteriores da Disney, os animadores trouxeram elefantes ao estúdio para estudar seus movimentos.
A simplicidade libertou os animadores de ficarem excessivamente ocupados com os detalhes, e isto os permitiu se concentrar no elemento mais importante da animação dos personagens: a interpretação destes.

 

Durante a produção de Dumbo, Herbert Sorrell líder dos Sindicatos dos Cartunistas, convenceu os animadores da Disney a fazer greve contra Walt Disney. Apesar dos animadores da Disney serem bem pagos e trabalhar nas melhores condições, havia descontentamento pela quantidade de horas extras de trabalho que os cartunistas faziam. A greve durou cinco semanas, e depois que os estúdios Disney assinou um contrato com os sindicalistas, a paz foi restaurada na casa do Mickey Mouse. 
Um número de grevistas são caracterizados nas cenas dos palhaços que dizem que vão ''bater no chefão por um aumento''. 

















Apesar do problema da 2º Guerra Mundial, Dumbo foi a animação Disney mais bem sucedida da década de 40. O filme simples custou apenas 950 mil dólares para produzir, a metade do custo de Branca de Neve,  menos de um terço do custo de Pinóquio, e certamente bem abaixo do caro Fantasia. Dumbo arrecadou 1,6 milhões de dólares no seu lançamento original, e foi relançado nos cinemas em 1949,1959, 1972 e 1976. 
Dumbo ganhou  o Oscar de melhor trilha sonora original, concedido a Frank Churchill e Oliver Wallace. Também foi indicado a melhor canção original por ''Baby Mine'', de Churchill com letras de Ned Washington, mais não venceu. O filme também venceu de melhor design de animação no Festival de Cannes. 
Os comentários em geral dos críticos foram positivos. Hoje o filme tem 97% de aprovação dos críticos no Rotten Tomatoes. O crítico Leonard Maltin disse que Dumbo é ''um dos mais charmosos filmes Disney de animação.''
Em 2011, a Time o nomeou como um 25 melhores filmes de animação de todos os tempos.




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